quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mais alguns relatos

Como falei anteriormente, fiz a escolha da minha profissão a partir de experiências vividas ao lado do meu pai e durante o magistério. Com tudo isso, acho que não é mais necessário falar quem foi meu professor mais importante e que marcou a minha vida, pois esse já deixei claro que foi meu pai, e a experiência também foi aquela descrita na postagem anterior, aquela na 5ª série, quando tive a oportunidade de tê-lo como meu professor. O que não especifiquei, é uma tarefa que ele nos deu na aula de ensino religioso, tínhamos que fazer um teatro com o tema: drogas e álcool. Fizemos cenas da novela que passava na época, O Clone, e isso ficou marcado na minha vida e na vida dos que participaram desse teatro, foi muito educativo e contribui muito na nossa formação, não esquecendo que rimos muito com a atividade porque não conseguimos decorar as falas pois exageramos no tamanho do roteiro.
Bom, me orgulho de ser filha dele, porque vivi com ele a sua dificuldade de voltar a estudar depois de tantos anos longe dos estudos, e passamos juntos as dificuldades financeiras, foram muitos acontecimentos e alguns problemas durante esse longo caminho de 7 anos de faculdade. Por todos esses obstáculos sinto-me muito orgulhosa de ter um pai tão persistente, corajoso e sonhador. lembro-me que no dia da sua formatura fiquei muito feliz, e acabei gritando depois que ele buscou o diploma, gritei: Te amo pai...
Aprendi com ele que sonhar faz bem, e que lutar por seus sonhos melhor ainda. Aprendi também que tudo se faz deve ser bem feito, esse é nosso lema!
Aprendi que tudo que é feito com carinho, dedicação e alegria é mais proveitoso e você é melhor recompensado.
E sobre a influência para a escolha da profissão, na verdade nunca foi nada imposto, eu decidi por mim mesma, mas como já afirmei nas postagens anteriores e nessa mesma, meu pai me influenciou muito, mas pelas suas atitudes como professor e não com palavras.


Por hoje era isso. Boa noite e boa sexta-feira à todos.
Abraços: Jayne Luisa Engeroff.

2 comentários:

Nadie Christina disse...

Oi Jayne,

pelo teu relato emocionado é impossível não admirar uma pessoa com tanta força de vontade e que "influencia pelas atitutes e [...] não com palavras".
Para Freire (1996, p. 34) ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo (1.6), pois "quem pensa certo está cansado de saber que que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo pouco ou quase nada valem. Pensar certo é fazer certo". Ainda segundo o autor (idem, p. 106) "é preferível reforçar o direito que tem a liberdade de decidir, mesmo correndo o risco de não acertar, a seguir a decisão dos pais. É decidindo que se aprende a decidir".
Que bom que houve exemplo e espaço para fazer escolhas...

Um carinhoso abraço,
Profa. Nádie

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: PAz e Terra, 1996.

Professor Docente disse...

Uma boa influência teu pai. A professora lhe indicou um livro em tanto.
Está em boas mãos.
Abraço